sábado, 11 de dezembro de 2010

Nós
Sentado no meu quarto, ponho-me a pensar em nós. Nos nós empernados, nos braços amarrados, no vai e vem do amor, na loucura que embebia e enfraquecia os corpos. A noite era longa, o s s e g u n d o s d e m o r a d o s, como se o tempo quisesse eternizar o momento a ponto de nos esquecer no balanço da vida.
Nos amassos dos corpos afogado nos desejos, eu me perdia e gozava teus sussuros sedentos de prazer. A fraqueza das pernas, tantos membros energizados pelo fogo que imanava, que subia e sucumbia qualquer pudor, que desintegrava qualquer razão, nos deixando mais próximos daquilo que somos: irracionais.

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