domingo, 12 de dezembro de 2010

Fogo


Qual brasa ela me queima,
Espalha-se como um vírus
Consumindo meu corpo febril.
Uma batalha suave, enlouquecida.

Formosa e inquieta ela chega,
Num corpo escultural seminu
Vem e ateia logo fogo viril,
E dentre vales nada se contenha.

Forte, suculenta e delirante,
Vestida de cetim, poço do prazer
Penetra insistente até a exaustão

Leva a uma dormência ofegante
Sucumbindo todas as forças do ser.
É humanamente impossível ter razão.

Um comentário:

Shenna Rocha disse...

Que soneto!
"não consigo dizer se é bom ou mau. assim como o ar, me parece vital..."