domingo, 10 de abril de 2011

Sete Cidades

Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar.
Me partiu em dois
E procuro agora o que é minha metade.

Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu.

Meu coração é tão tosco e tão pobre,
Não sabe ainda os caminhos do mundo.

Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu.

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde, voa longe.

Legião Urbana

segunda-feira, 4 de abril de 2011

quando bebo da água renovada que brota de teus olhos
não sinto o sal entranhado em sua substância,
sinto apenas a quentura que nasce do teu corpo
e nela construo minha casa, meu lar.

tiro meus sapatos e deito em tua cama,
confortado pelo calor que do teu corpo surge.
algo de imenso cresce em meu peito e sinto
cada vez mais perto de mim teu amplo amor

por coisas sem explicação e pessoas loucas.
tua sina: amar o perdido. o esquecido.
parece ser mais vivo sofrer, parece ser mais quente
se deixar estar e se deixar levar, assim tão imprudentemente.

te dou a chave do meu mundo para que faças tua casa
em mim, no meu peito ainda fraco de menino.
te dou meus mais longos olhares, minha mão mais suave,
pela quentura de uma lágrima tua caindo em minha face.

Shenna Luissa