Peço por favor
Se alguém de longe me escutar
Que venha aqui pra me buscar
Me leve para passear
No seu disco voador
Como um enorme carrossel
Atravessando o azul do céu
Até pousar no meu quintal
Se o pensamento duvidar
Todos os meus poros vão dizer
Estou pronto para embarcar
Sem me preocupar e sem temer
Vem me levar
Para um lugar
Longe daqui
Livre para navegar
No espaço sideral
Porque sei que sou
Semelhante de você
Diferente de você
Passageiro de você
À espera de você
No seu balão de são joão
Que caia bem na minha mão
Ou numa pipa de papel
Me leve para além do céu
Se o coração disparar
Quando eu levantar os pés do chão
A imensidão vai me abraçar
E acalmar a minha pulsação
Longe de mim
Solto no ar
Dentro do amor
Livre para navegar
Indo para onde for
O seu disco voador
Arnaldo Antunes - Marisa Monte - Carlinhos Brown
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
O Pintor
Pinto nesta tela com cores
Que não consigo distinguir.
Faço traços, me perco nos rabiscos
Sem consciência do produto final.
Eles vão tomando forma e vida,
Saltam da tela palpitando,
Recriando possibilidades infinitas
Na ânsia de personificar qualquer coisa.
Embriagado pela brancura da folha
Quero preencher a todo custo
O branco silêncio que se apresenta
Desafiando minhas faculdades.
Cada traço vira um som, uma palavra.
Por vezes um conforto sedutor,
Que, mesmo dotado de suavidade
Não é suficiente para embriagar-me.
No fim do dia quando vem o silêncio
Encontro-me diante de outra tela.
Eis que faço nova todas às cores
Num ciclo intenso de ressurreição.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Todo Sujo de Batom
Eu estou muito cansado
Do peso da minha cabeça,
Desses dez anos passados, presentes
Vividos entre o sonho e o som
Eu estou muito cansado
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago no peito
E que eu acho tão bom.
Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental
Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental
Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom
Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom
BELCHIOR
Do peso da minha cabeça,
Desses dez anos passados, presentes
Vividos entre o sonho e o som
Eu estou muito cansado
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago no peito
E que eu acho tão bom.
Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental
Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental
Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom
Quero a sessão de cinema das cinco
Pra beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom
BELCHIOR
domingo, 9 de janeiro de 2011
My Dear Friend
Fica o silêncio das lágrimas
Que rolam nas maças murchas,
A dor que dilacera o peito amigo
E a certeza que nada, ninguém consola.
Fica o carinho guardado no coração,
As palavras ditas, mal ditas, bem ditas.
Fica a saudade que parece sem fim.
As conversas povoam a memória,
Agora será uma terna lembrança.
O jeito e ficar e esperar.
Você está bem, mas não está aqui.
Sabemos do mesmo fim e tememos.
Corremos o tempo todo sem perceber
As possibilidades, as pessoas.
Nascemos e morremos!
Vai com os anjos! Vai em paz!
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Saudade
Ela chega, senta do meu lado, puxa conversa, brinca comigo, ri dos meus problemas tolos, diz tanta coisa no seu silêncio. Me faz entrar no meu caro corcel, coloca um cd para tocar no som, me convida para ir ao cinema, e eu sem saber o que fazer aceito meio que cambaleando o convite que ela me faz.
Assisto a um filme sem graça, pois meu humor é insuficiente para a ocasião. No meio do filme fujo como se fosse escapar de ser preso, ou como se estivesse a beira de casar com uma, amando outra. E ela não desgruda um minuto sequer. Dentro do carro, dirijo como se estivesse em fuga, como se tivesse cometido um crime e bem que eu queria. Queria jogá-la para fora do carro em movimento.
Quando estou com os amigos ela me abandona. Santos amigos! Mas, basta eu me encontrar só que ela não conta conversa e vem. Vem e diz que quer ficar comigo, que quer passar a noite ao meu lado. Eu sem companhia me agarro a ela. Ela promete que estará sempre perto, eu queria que ela me jurasse distância, mas ela fala que é impossível.
Ao acordar, não a encontro ao meu lado, minha mãe me grita, meu pai briga. Dizem que homem tem que acordar cedo. Ela consegue acordar mais cedo do que eu. O dia começa cedo e termina bem tarde e ela não sai do meu pensamento.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Vai dormir menina!
Mãe, tá chovendo lá fora, a chuva tá forte que só! Mãe, aquele menino que a senhora disse que trabalha no sinal deve tá todo molhado agora. Será que alguém vai dar uma toalha pra ele?
Mãe, ela tá tão sujo, deve tá aproveitando a água da chuva para tomar um banho e sem sabonete. Parece até que ele não tem casa pra morar e nem uma mãe como a senhora para cuidar dele. Ele já tá pretinho de tanto trabalhar no sol quente. Onde será que tá a mãe dele? Parece até que ela esqueceu dele...
Mãe, ele tem um monte de irmãos, porque quando ando de carro com o papai vejo eles em todo sinal, e eles ficam jogando umas pedrinhas pra cima. O papai deu dinheiro para ele uma vez, ele me disse que era para o menino não jogar as pedrinhas no carro novo do papai.
E no natal mãe será que ele ganhou um presente do Papai Noel? Será que alguém deu um abraço desejando feliz ano novo pra ele? Tomara que sim!
Oh mãe!! Por que a senhora me manda sempre dormir quando eu pergunto as coisas?
Quero uma casa limpa...
Chove chuva, molha minha casa.
Minha casa precisa ser lavada.
Tem muita coisa para ser levada,
E só uma chuva pode dar conta.
Chove chuva, como enxurrada,
Lava bem cada espaço dela.
Limpa com a força da tua água
Porque não consegui tal façanha.
Chove chuva amiga, forte e serena
Venha do céu e leve para fora,
Arraste pelos córregos depressa.
Traga o vento que a tudo dissipa.
Chove chuva, e que o sol apareça
Trazendo consigo luz renovada.
E que o vento, sentir me faça
O cheiro que é só, somente dela.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Morena
É morena tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz de estar em par com Deus
Pode rir agora
Que o fio da maldade se enrola
Pra nós todo o amor do mundo
Pra eles o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Pra nós todo o amor do mundo
Pra eles o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Los Hermanos
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