Nesta cidade entre rios,
As ruas viram leitos
De corações adormecidos
E olhares tão vermelhos.
A vagar por entre as praças,
A correr sempre e demais,
Suas vidas pouco importam,
Só o trabalho e nada mais.
Quando em casa se encontram,
Parecem mais estar na rua,
Sem paredes, sem cômodos
Numa pobreza assustadora e crua.
A humilhação, a fome, a frustração
São mais vivas neles que a própria vida
Que se arrasta lentamente.
Vida sempre esquecida.
Acho que a gente é que é feliz...
....
Um comentário:
por que esse mundo injusto não deixa todos sentirem felicidade?
"acho que a gente é que é feliz" me traz um privilégio muito doloroso...
Bjs!
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