quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vozes veladas

Escutei um dia uma voz tão bem definida,
Distinta à distância de tantas outras.
Harmoniosa, compreensiva, livre,
Ouvi-la era um alívio.
Vivemos em época de poluição desmedida!

Voz assim é raridade em nossos tempos,
Não dar atenção, não abrir-lhe os ouvidos
Parece ser desprezar um presente
Dado com a mais pura intenção,
Como ter um coração sem gratidão.

Mas, todas as vozes têm algo em comum,
São sons! Eles se repetem e acabam por ser iguais.

A diferença pode estar no timbre,
No tom que possuem,
Na nota que alcançam.
Porém, no fim, são sons que se igualam,
Parecem ecoar no mesmo vazio
Sem maiores pretensões,
Anulando o que de fato é, ou foi, ou será...!?

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